Yamaha XT 660R prova qualidade em teste
Se o consumidor procura uma motocicleta de uso misto no segmento de média cilindrada vai se deparar com duas opções à venda no Brasil: a BMW F 650GS e a Yamaha XT 660R. Ambas equipadas com motor monocilíndrico, quatro tempos e com a proposta de uso on e off-road leve. Porém há uma grande diferença entre elas: o preço. Enquanto a trail da Yamaha está cotada na tabela a R$ 25.969,00 a moto alemã (importada) sai por R$ 45.900,00 na sua versão mais básica. Uma grande diferença para se ter uma moto com a mesma proposta.
O preço menor da XT não significa que o consumidor terá um produto de qualidade inferior. A XT 660R é produzida em Manaus, Amazônia, porém traz diversos componentes importados. Os aros – 21 polegadas na dianteira e 17" na traseira – são italianos feitos em alumínio. Os freios são da grife Brembo, também italiana. Sem falar que o motor é alimentado por uma moderna injeção eletrônica. Aliás, a XT 660R, lançada em 2004 na Europa, foi a primeira motocicleta fabricada no Brasil a ser equipada com o sistema eletrônico de alimentação.
Para quem gosta de aventura A tecnologia e as peças de qualidade da XT 660R aliadas ao seu motor e a sua ciclística fazem dela uma excelente opção de compra no segmento. A família XT, uma linhagem que começou na década de 70 com as XT 500 e chegou até a XT 600E, sempre teve como proposta uma moto para os motociclistas que querem ir a qualquer lugar e não dispensam a imagem forte e robusta que essas motos transmitem. A XT 660R não é diferente.
Seu visual foi modernizado em relação a sua antecessora, a XT 600E. O farol ganhou linhas arredondadas, a sanfona da bengala foi substituída por um protetor plástico mais atual e o painel é digital. Mas a principal mudança estética é mesmo os dois escapamentos saindo por baixo da rabeta. Dando vazão aos gases do grande monocilíndrico de 660 cm³ e já atendendo as modernas normas antipoluição européias, emite um som grave e ritmado que fazbater mais forte o coração dos aventureiros.
Receita que funciona A XT 660R não tem nada de revolucionário. Além da injeção eletrônica seu projeto é tradicional. Simplicidade mecânica em um motor de um cilindro, quatro válvulas e comando duplo no cabeçote (DOHC), ponto para a refrigeração líquida. O câmbio é de cinco marchas, com as duas últimas bem longas, e a transmissão final por corrente.
Na parte ciclística tampouco nada de soluções mirabolantes: quadro do tipo diamante em
tubos de aço; suspensão com garfos telescópicos de 225 mm de curso na dianteira, e um
único conjunto mola-amortecedor fixado por links na balança traseira com 200mm de curso. Completam os dois freios a disco: 298 mm na frente e 245 mm atrás.
Tudo simples, tradicional e eficaz. Resumindo: uma moto que cumpre o que promete. Seu moor tem torque à vontade – 6,1 kg.m a 5.250 rpm – seja para retomadas de velocidade na estrada, seja para subir uma ladeira de terra bem íngreme. Oferece também uma potência máxima boa para um monocilíndrico: 48 cv a 6.000 rpm, o que pode levar a XT 660R à velocidade máxima acima dos 170 km/h.
O quadro e as suspensões foram projetados para oferecer um bom desempenho em curvas rápidas no asfalto ou absorver as imperfeições da Ruta 40, a lendária estrada de pedras que leva até a Patagônia, na Argentina. O garfo dianteiro às vezes se mostra um pouco duro demais para enfrentar obstáculos no fora de estrada e os canos dos escapamentos passando embaixo do motor sem nenhuma proteção são os pontos negativos da XT 660R no off-road. Seriam bem vindos também os protetores-de-mão (full hand saver), equipamentos de série na antiga XT 600E que desapareceram nessa última geração. Entretanto, a Yamaha e outros fabricantes os vendem como acessórios.
A não ser por isso, a XT 660R é a companheira ideal para quem gosta de motos on/off-road (uso misto), além de trazer o nome da família XT e de não ter concorrentes no mercado brasileiro. Tanto que desde o início da sua comercialização, em 2005, até setembro deste ano foram vendidas 4.091 unidades, um bom número para essa faixa de preço.
Fonte:
http://www.autoz.com.br/News/TestDrive/motos/Materia/Default.asp?C=20&S=20&M=3277&D=1
Texto: Arthur Caldeira/ Agência Infomoto Fotos: Caio Mattos/ Agência Infomoto Edição: Carlos Giacomeli/AutoZ
Espírito Domado
Para 2007 a XT 660R ganhou novo grafismo de acordo com as novas tendências mundiais. Agora, o modelo que se
consagrou pela robustez e conforto tem pára-brisa em acrílico com tonalidade que acompanha a cor predominante
do grafismo.
A motocicleta mais vendida da categoria big trail recebe tonalidades exclusivas e grafismo diferenciado.
Chegou às concessionárias Yamaha a XT 660R versão 2007. Como novidade o modelo adotou um novo grafismo, mais moderno e arrojado e de tonalidades mais vivas. A XT 660R na cor preta, por exemplo, faz um contraste com detalhes em laranja. Já a trail da Yamaha na opção azul mistura o marinho com o petróleo. Mas, a XT 660R continua com as mesmas características que a consagraram no Brasil e no mundo.
Assumir o controle de uma XT 660R, a primeira motocicleta nacional com injeção eletrônica, traz boas surpresas antes mesmo de começar a acelerar.
O banco é largo e mais confortável que a maioria das motos “ralizeiras”. O display no painel é de cristal líquido, multifuncional. Com uma rápida olhada é possível identificar todas as informações necessárias para a navegação, como velocidade, hodômetro total ou parcial.
Também estão disponíveis dados sobre temperatura e estado do motor, piscas, combustível na reserva, luz alta, ponto morto e luz-espia para indicar a ativação do sistema de imobilização. Este último é um dos atrativos: ao tirar a chave da ignição, o sistema entra em ação, bloqueia a partida e só é desativado quando a chave é novamente introduzida...
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