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Atualização em
06.08.2009
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2008
Duas Rodas - luxo (Fonte: Diario do Nordeste - Suplemento Automóvel - 28/05/08)
Motos importadas para bolso cheio
Wesley Calderaro: psicólogo optou por uma Harley-Davidson Heritage Clássica, por causa do estilo (Foto: Juliana Vasquez)
Conheça quais as motos de grife que são as mais disputadas pelos motociclistas com folga no bolso
O alto preço e a pouquíssima oferta no mercado nacional de motos importadas as tornam mais caras que alguns automóveis de grife conhecida. Mesmo assim, há compradores para elas e a rentabilidade desses exclusivos modelos é grande para lojas. A cidade de Fortaleza, aos poucos, está se tornando um pólo atrativo de comércio, onde compradores não precisam mais descer até o Sudeste para adquiri-las.
Nas lista das exclusivas, isto é, as de “top” de linha, estão as motocicletas como BMW, Ducati, Aprilla, Buell, Triumph, Kawasaki e Harley-Davidson.
Na concessionária MBI, da marca BMW, em Fortaleza, cuja matriz fica em Campinas (SP), por sua vez, uma BMW K 1200 GT custa a cifra de R$ 94.500 mil.
Para fazer jus ao valor, de acordo com a marca alemã, o veículo conta com freio ABS, pára-brisa com regulagem elétrica, aquecimento de punho independente com três tipos de temperatura, aquecimento de bancos de piloto e passageiro, regulagem de altura e peso do condutor, cd, mp3.
Já a Harley-Davidson Ultra Electra Glide Classic SE, umas das mais cobiçadas, sai por R$ 124,9 mil. Mesmo sendo uma moto clássica, ela acompanha a modernidade, pois há rádio com entrada para MP3. Esta tríplice aliança – desempenho, espaço para bagagem e conforto – faz da Ultra Classic uma excelente opção para quem pratica o mototurismo. Olhando-a, não é à toa que é chamada de “sofazão de duas rodas”.
Mas não é apenas pelos belos faróis que estas motocicletas custam tão caro. A Triumph Rocket III, por exemplo, tem um motor com três cilindros e 2.294 cc e pesa 320 kg. Quanto custa? R$ 98.900.
Seminova
Entretanto, para quem não pode comprar uma dessas “motonas” zero quilômetro, existe a opção de uma seminova. Na Motorcycles, por exemplo, pode-se encontrar uma BMW K.1200, ano 2001, por R$ 58 mil. “A pessoas que compram essa moto curte também o turismo. Podemos chamá-la até de moto-turismo porque ela é perfeito para passeios longos. Por isso, seu tanque é de 40 litros”, salienta Wagner Comodoro, proprietário da loja.
Para Wesley Calderaro, psicólogo, a escolha de possuir uma Harley-Davidson Heritage Clássica, foi uma questão onde pesou tradição e história. “Depois que dei uma volta de 50 quilômetros em cima dela, percebi que tinha tudo a ver com seu estilo”, ressalta. Sobre o que mais gosta da moto, Wesley esclarece: “Acredito que seja a sensação de pilotagem de conforto e o ronco do motor, que é agradável”.
O psicólogo afirma que somente usa sua Harley - Heritage para passeios e viagens. Às vezes, acompanhado em grupo com outros amigos. Outras vezes, sozinho. Os lugares que já visitou foram Campina Grande, Natal e João Pessoa. “Raramente uso em centros urbanos. Devido ao seu tamanho, acho que ela foi feita para ser usufruída nas estradas”, finaliza.
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BMW S 1000 RR - JAPONESA DE BERLIM |
11/05/08 |
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A BMW apresentou em 16 de abril, na fábrica de Berlim, Alemanha, a nova motocicleta superesportiva S 1000 RR. Com esse modelo, pretende disputar o mundial de Superbikes de 2009, encarando as japonesas e italianas, que dominam a competição. Para construir a nova moto, entretanto, utilizou as mesmas armas da concorrência nipônica, deixando o novo modelo com os olhos "puxados" e um visual bastante parecido com o das motos japonesas, especialmente com a Kawasaki ZX 10R e as Yamahas R-6 e R-1.
Em seu discurso de apresentação, o presidente da BMW Motos, Hendrik Von Kuenheim, ressaltou que o ingresso da marca no mundial de Superbikes foi motivado pelo prestígio e imagem que a competição transmite, sendo disputada em 13 países e quatro continentes. A vantagem dos japoneses, com mais de 20 anos de experiência na competição, vai servir de incentivo e laboratório para as motos de rua, também com reflexos nas vendas do segmento de motos esportivas.
Competição
O presidente também revelou que os motores do tipo boxer, com dois cilindros, que fazem parte da história e tradição da marca, ainda vão ter vida longa, mas é necessário abrir novas frentes, como a das motos superesportivas. Segundo suas estatísticas, são comercializadas cerca de 100 mil unidades de motos superesportivas de 1.000 cm³ por ano, com alto valor agregado, no mundo, com participação de 85% dos japoneses. A BMW quer começar a mudar essa história, participando deste rentável e prestigioso segmento.
O novo modelo S 1000 RR é uma das armas para divulgar que a marca não produz somente sofisticados modelos, luxuosos e comportados, para longas viagens, mas também motos de alto desempenho. Neste embalo, a marca pretende um ousado acréscimo de 50% em suas vendas, comercializando 150 mil unidades até 2012. Os planos também incluem o Brasil, por meio de sua subsidiária. Para satisfazer o regulamento do mundial de Superbikes, serão produzidas 1 mil unidades "de rua" do modelo, para comercialização.
Armas
A nova S 1000 RR (S de sport e RR de racing) tem motor de quatro cilindros em linha, inclinados em 55°, com refrigeração líquida e injeção eletrônica, que desenvolve cerca de 190 cv. O motor terá um sofisticado cabeçote, com duplo comando e 16 válvulas, e muita eletrônica embarcada. A eletrônica também vai estar presente em larga escala no controle de tração. O quadro é em alumínio, de dupla trave, assim como a enorme balança da suspensão traseira, do tipo "banana".
A carenagem é em fibra de carbono, com grande abertura frontal, para captação de ar. As rodas em liga leve são OZ. A suspensão dianteira invertida Ohlins, diferentemente dos modelos esportivos K 1200 S, tem sistema Telelever. A transmissão é por corrente, em vez do tradicional cardã da marca, inadequado para competições. Os freios são Brembo, de última geração, e as pedaleiras, reguláveis. O escape tem saída baixa, com ponteira curta. Se não tivesse o símbolo BMW, poderia ser facilmente confundida com uma japonesa...
Jornalista: Téo Mascarenhas - Fonte: Site Mototour
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Renasce uma lenda |
11/05/08 |
A Yamaha apresenta na Europa a versão 2008 da lendária Ténéré. Chamada de XT 660Z utiliza o mesmo motor de um cilindro de sua irmã trail à venda no Brasil
Uma boa notícia aos saudosistas de plantão: a Yamaha apresentou na Europa a novíssima XT660Z, uma revitalização da lendária Ténéré, modelo on/off-road que tem uma legião de fãs em todo o mundo. Nascida nos ralis africanos, a Ténéré recebeu este nome inspirado no perigoso deserto de mesmo nome, no Niger.
A XT660Z Teneré 2008 traz um belo design, um mix entre BMW e KTM, além de oferecer uma ciclística - quadro, suspensão e freios - de causar inveja a qualquer big-trail. O robusto e confiável motor monocilíndrico, com injeção eletrônica de combustível, é o mesmo que equipa a sua irmã trail a XT 660R, já à venda no Brasil. Entretanto, resgata a grande autonomia, qualidade da antiga Ténéré, já que o tanque de combustível tem capacidade para 22 litros de gasolina - a versão 660R comporta apenas 15 litros. Desde a XT500, que participou do Rally Paris-Dakar na década de 70, a Yamaha está na vanguarda na construção de motores monocilíndricos. Na XT660Z, segundo o fabricante, o motor de 660 cm³ e cerca de 50 cv foi otimizado para oferecer um bom desempenho em baixos e médios regimes de rotação. A Ténéré 2008 recebeu um kit de relação especialmente desenhado para melhorar as arrancadas.
Em um quadro construído em forma de diamante, esta trail traz um garfo telescópico de 210 mm de curso e duplo disco de 298 mm de diâmetro, na dianteira. Já na traseira, braço oscilante em alumínio, monoamorteceder que conta com 200 mm de curso e disco de freio simples de 245 mm. A moto esta calçada com pneus Metzeler Touring - 90/90-21, na dianteira e 130/80-17 na roda de atrás. A lenda sobre duas rodas conta ainda com pára-brisa, lanterna com LEDs e duplo escapamento. Além de uma extensa lista de acessórios: protetores de mão, protetor do motor, malas rígidas e a opções de um escape Akrapovic. Com 183 quilos, a nova Ténéré é vendida em três opções de cores: branca, cáqui e preta. |
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Conheça os ´harleyros´ - 23/01/08
Grupo de motociclistas fez das famosas Harley-Davidsons um pretexto
para encontros semanais e viagens em família; detalhes da moto fazem a
diferença (Foto: Thiago Gaspar)
Se perguntarem quais as três coisas que gostam na vida, não tenha
dúvida, que eles dirão Harley, Harley e Harley-Davidson. Assim são os
chamados harleyros - motoqueiros que trafegam pelas estradas sem
destino algum e vêem na legendária marca um estilo de vida
Para Newton Basto, proprietário de uma Harley-Davidson- Fat Boy, 2007,
1600CC , a paixão pela moto começou quando morou nos Estados Unidos, de
1994 a 2002. Para ele, andar numa Harley tem “um sabor” indescritível,
“é algo como andar num mito sobre duas rodas”, diz.
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Foto de uma Rocket 3. Não é Harley |
De acordo com ele, no Brasil, as viagens que fez com ela foram muitas,
no entanto, delimitadas pelo Nordeste. Das excursões, há uma
inesquecível. Isso aconteceu quando através dela conheceu alguns países
do “Velho Continente” - a Europa, como Alemanha, Aústria, Suíça e
Itália. Ainda no começo deste mês, sua última viagem foi de Fortaleza a
Parnaíba (PI), juntamente com outras 4 motos Harleys.
Todas as terças-feiras, os harleyros se encontram no posto Guararapes
(Av. Sen. Virgílio Távora c/ Av. Dom Luiz). Os encontros, ressalta ele,
têm como objetivo fazer um passeio de moto que permita uma viagem de
ida e volta “de aproximadamente 150Kms em média e ir jantar em alguma
praia”, conta.
Planos
Em cima dela da super-moto, seus planos para 2008: fazer uma viagem ao
Chile e Argentina já no primeiro semestre. No segundo, seus planos
mudam geograficamente. Seus alvos são os asfaltos norte- americanos e
do Canadá.
Para Hélio Bandeira, proprietário de uma Harley FX, 2004, 1450 cc, a
paixão teve início quando escutou pela primeira vez o ronco, soando
como música nos ouvidos. Na moto, o que mais lhe atrai são os vários
atributos que ela possui, como o ronco do motor, o design e o conforto
que ela oferece. “Gosto dessa mistura, aliada a sensação de liberdade”,
enfatiza.
O companheirismo é uma marca forte dos “harleyros”. Dificilmente, se
arriscam sozinhos. Quando viajam é comum encontrá-los sempre em bando.
“Sempre viajamos em grupo. Acredito que é uma maneira de prevenir
acidentes e também de se ajudar mutuamente. Raramente andamos com
garupa, e quando isso acontece é com as nossas esposas”, ressalta.
Quando juntas, as Harleys despertam reações de espanto no público.
Sobre isso, ele fala que é uma forma de demonstração de carinho. “Em
geral, vibram muito com motos grandes admirando e aplaudindo. É muito
gratificante. Por vezes, eles pedem para tirar fotos perto das
máquinas”, salienta.
Em cima da moto, visitou lugares que para ele se tornaram
inesquecíveis, como os alpes suíços. Do Brasil, já pisou fundo no
Norte, Nordeste e Sudeste.
Fazendo parte de um clube, a Harley Owners Group (HOG), sobre a moto,
revela ela, fica difícil saber o que mais gosta. Para ele, tudo, toda
peça está em hamonia com a marca. “tudo, sem exceções”, frisa. Seu
último passeio foi a Parnaíba, lembra, no começo do ano. “Na verdade,
por puro prazer”, acrescenta.
Sobre as viagens, ele afirma que os “harleyros” evitam trafegar durante
a noite e preferem no Nordeste os horários matutinos, que são de menor
calor”, finaliza. Em cima da moto, seus planos para 2008: “comer
poeira” e visitar Campina Grande, Tiradentes, Búzios, Natal , Mossoró e
Recife.
Fique por dentro
Marca virou mito para os motociclistas
A
esmagadora maioria dos clientes compra as motocicletas pelo conceito de
rebeldia e liberdade. Harley-Davidson é uma moto potente e confortável.
Foi de um barracão na cidade de Milwaukee, Estados Unidos, em 1903, que
saiu a primeira moto batizada com o sobrenome dos seus criadores: o
desenhista Bill Harley, o engenheiro Arthur Davidson e seu irmão
William.
Jota Pompílio
Repórter
Fonte: Diario do Nordeste
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Enfim, aluguel de motos no Brasil - 16/01
Pela
primeira vez no Brasil, uma empresa oferece motocicletas Harley
Davidson para aluguel. A Road Experience trouxe para o Brasil este
conceito já consagrado nos Estados Unidos, oferecendo os modelos
Softail Standard e Heritage Softail Classic para locação,
disponibilizando também todos os acessórios necessários para uma viagem
segura.
Mas pilotar uma Harley Davidson
na estrada em longos percursos, não é indicado para iniciantes. Por
isso, a Road Experience definiu alguns critérios básicos para efetivar
a locação. Os interessados devem ter mais de 28 anos, experiência de
pelo menos quatro anos na condução de motocicletas, com carteira de
habilitação atualizada e uma pré-autorização no cartão de crédito no
valor de R$ 6.000,00, que só será efetivada caso haja algum dano com a
moto, constatado no retorno.
O valor do aluguel é R$ 350,00 por dia para a Softail Standard e R$
370,00 por dia para a Heritage Softail Classic. A Road Experience
também dá apoio no planejamento das viagens, sugerindo roteiros, hotéis
e indicando pontos de assitência mecânica pela região. As motos possuem
sensores de monitoramente via satélite, visando garantir ainda mais
segurança aos usuários e às próprias motocicletas.
Maiores informações pelo site www.roadexperience.com.br; ou pelo telefone (11)5531-1424. As reservas podem ser feitas através do email reservas@roadexperience.com.br. |
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Ducati 848 - Soft com pimenta - 08/01/08 |
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Completamente nova, a italiana Ducati 848 é versão soft da poderosa
irmã superesportiva Ducati 1098. É uma opção para quem gosta do modelo
1098, mas não precisa de toda a sua ferocidade, já que tem praticamente
o mesmo visual e ciclística, mas um motor menor, com "apenas" 134 cv a
10.000 rpm, contra 160 cv da 1098 na versão S e 180 na versão R. A
arquitetura conserva o padrão clássico da marca, com dois cilindros em
L e comando de válvulas desmodrômico.
O cabeçote é o Testastretta Evoluzione, com quatro válvulas por
cilindro, que permite melhor respiração do motor, que fica ainda mais
esperto. Esta tecnologia foi herdada das pistas, em que ganhou, por
exemplo, o último mundial de Moto GP. O curioso é que a marca italiana
de Borgo Panigale (região de Bologna) pode ser considerada uma legítima
fabriqueta de fundo de quintal, com produção de cerca de 35 mil
unidades anuais, se comparada às gigantes japonesas, com milhões de
motos vendidas anualmente e departamento de competições com verbas
astronômicas.
Numeração
Essa diferença de números não interfere na capacidade de criação da
marca, que vai desdobrando sua linha, como a nova 848, por exemplo.
Entretanto, adota o mesmo raciocínio estratégico das grandes marcas,
para racionalizar sua linha de montagem, criando famílias, que reduzem
custo de produção e de desenvolvimento. A nova 848 passa a integrar,
como caçula, a família das superbikes 1098 e substitui a finada 749,
que fazia parte da família 999.
Um verdadeiro exercício de memorização de números, já que a Ducati
batiza seus modelos conforme a proximidade da capacidade do motor. Por
outro lado, acaba facilitando a identificação das motos. A nova 848 tem
motor de dois cilindros, equipado com refrigeração líquida e injeção
eletrônica, com cerca de 30% a mais de potência que a antecessora 749 e
torque de 9,8 kgfm a 8.250 rpm. O modelo chega para disputar o mercado
com as superesportivas de média cilindrada e alta performance.
Pimenta
A nova Ducati 848 nasce com vocação de pista. Pesa a seco somente 168
kg (20 a menos que a antecessora 749), e 5 kg a menos que a irmã maior
1098, de quem herdou a ciclística. Já vem equipada de série com
amortecedor de direção, rodas de liga leve da badalada Marchesini,
freios Brembo na dianteira, com dois discos de 320 mm de diâmetro,
mordido por pinças de ataque radial de quatro pistãos. Na traseira, um
disco com 245 mm. As suspensões são amplamente reguláveis.
Na dianteira, um garfo invertido Showa, com 43 mm de diâmetro e 127 mm
de curso. Na traseira, uma incrível balança monobraço em alumínio,
também desenvolvida nas pistas, com amortecedor Showa de 120 mm de
curso. O quadro também segue a arquitetura tradicional, com tubos em
forma de treliça. O visual (igual ao da 1098) inclui faróis finos
assimétricos na dianteira, setas integradas aos espelhos e rabeta com
dupla saída de escapes. O painel digital inclui computador de bordo. A
nova 848 custa na Itália 14 mil euros e ainda não tem data para chegar
ao Brasil.
Jornalista: Téo Mascarenhas - Fonte Site Mototour
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R1 camuflada - 05/01/08 |
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Só de olhar para a Yamaha FZS 1000 Fazer já se percebe que não se trata
de uma simples Touring. afinal, com motor da R1, são 150 cv prontos
para a estrada |
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Já
pensou como seria ter o motor de uma moto esportiva no corpo de uma
touring? Pare de pensar, porque a Yamaha FZS Fazer 1000 é exatamente
isso: motor da YZF 1000, a lendária R1, devidamente "adoçado", com
"apenas" 150 cv (a R1 com este motor produzia 172 cv), num chassi
levemente touring, ou seja, uma moto estradeira com um toque de
esportiva. Só de olhar já se percebe que não se trata de uma touring
comum. Os "olhos" amendoados são da R1 e impõem respeito, mas o guidão
quase plano apoiado sobre a mesa superior, devidamente amortecido por
coxins de borracha, mostra que a esportividade está vestida para
passeio.
A Fazer 1000
nasceu em 2001 com base no motor da R1, devidamente "rebaixado" para
143 cv. Agora a Fazer ganhou mais potência, chegando a 150 cv, com
suspensões totalmente reguláveis e pequenos acertos para deixá-la
pronta para brigar com as sport-touring do mercado, como Honda CB
1300F, Suzuki Bandit 1200, BMW K 1200 RS, Ducati Mosnter S4R e Triumph
Speed Triple 1050.
O
primeiro choque é visual. Ela é muito parecida com a R1 e bem menor do
que parece nas fotos. Se fosse colocada ao lado da nova Honda CB 1300F
(DUAS RODAS 382) a FZS pareceria uma 600! A distância entre-eixos
(1.450mm) é apenas 350 mm maior que a da R1, e no comprimento total
(1.120 mm) é 650 mm maior que a esportiva. O painel segue a tradição
esportiva da Yamaha, à esquerda o velocímetro digital (além de marcador
de gasolina e hodômetros) e ao centro o conta-giros analógico com faixa
vermelha a 11.500 rpm. Interessante observar que aos poucos os
fabricantes abandonam o display digital para o conta-giro, porque é de
leitura mais difícil que o velho e bom ponteiro. Nos comandos, a única
surpresa é a embreagem por cabo, enquanto a maioria das 1.000 cc hoje
usa acionamento hidráulico.
Jeito de quem vai correr
O
funcionamento do motor Four (quatro cilindros em linha) é silencioso.
Uma das funções das sport-touring baseadas em esportivas - além de
aumentar a gama de modelos - é justamente reaproveitar motores que
ainda têm muito a oferecer. Foi isso que aconteceu com a FZS em relação
à R1. A superesportiva R1 usou até 2006 um motor de cinco válvulas por
cilindro. Em 2007, a R1 adotou nova mecânica, com quatro válvulas por
cilindros. Assim, o motor de cinco válvulas ficou para a Fazer 1000. O
que é muito bom, já que ele terá uma longa vida pela frente.
O
escape, além do desenho moderno e agradável, produz um ronco que é uma
verdadeira música. Primeira marcha engata após um sonoro "clonck", e
vamos para as primeiras impressões. A posição de pilotagem é clássica
nesse tipo de moto: braços levemente esticados, pernas bem dobradas,
apoiadas sobre pedaleiras recuadas. Basta imaginar uma R1 com guidão
alto! Aliás, o guidão é uma bela peça, com ótimo acabamento.
O
nível de vibração é baixo até o motor atingir 6.500/7.000 rpm, depois
percebe-se um pouco nas mãos e pés, principalmente na redução de giro.
Mas como todo motor atual com injeção eletrônica de combustível, o
nível de vibração é bastante reduzido. O desenho do tanque de gasolina
(capacidade de 18 litros) é sob medida para encaixar os joelhos e
manter o corpo praticamente embutido atrás da carenagem. O banco
poderia ser mais largo, mas complicaria a vida de quem tem menos de
1,75 m, afinal, há bastante altura do banco ao solo: 815 mm. Já quem
vai na garupa leva uma boa vida, com banco espaçoso, duas alças de
apoio e uma elevação no assento para evitar ser arremessado para cima
do piloto. Uma moto feita para quem gosta de viajar e levar sua garota.
Sem deixar de curtir as curvas (veja "Curvas radicais").
Explosiva
Segunda,
terceira... o temperamento dessa 1000 não poderia ser mais explosivo.
Assim que o motor passa de 8.500 rpm dá um tiro que exige força nas
mãos para se manter na posição ereta. Felizmente a semi-carenagem,
aparentemente pequena, protege o piloto com eficiência. O limitador de
giro entra em ação por volta de 11.000 rpm. Ainda bem!
A
válvula de escape, batizada pela Yamaha de Exup, tem papel importante
na retomada de velocidade a partir de baixíssimas rotações. Para quem
gosta de números, a aceleração de 0 a 100 km/h foi feita em 2,8
segundos e de 0 a 400 metros em 10,3 segundos. Mas se o interesse maior
for pela economia, então se segura porque a média ficou entre 13,1
km/litro e 15 km/litro.
E
ainda tem o show de estabilidade! As fotos foram feitas no novo
circuito da ECPA, em Piracicaba (SP), com curvas de alta velocidade e
asfalto recém-inaugurado. Com toda a segurança, fui forçando o ritmo
nas curvas até descobrir que as suspensões são na medida para a tocada
esportiva. Graças também aos pneus 120/70-17 na frente e 190/50-17
atrás abusei da força da gravidade e posso atestar que o limite de
inclinação nas curvas é ditado somente pelas pedaleiras que raspam no
asfalto. |
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Parada obrigatória
Os
freios lembram as primeiras R1, com dois discos flutuantes na frente e
disco simples atrás, fórmula para lá de manjada, mas que funciona bem
em motos dessa categoria. Mesmo depois de várias frenagens
desesperadoras não senti nenhuma tendência à fadiga ou superaquecimento.
Essa
1000 tem tudo para brigar em igualdade de condições com a recémlançada
CB 1300F, exceto um item vital: preço! Enquanto se aponta para o preço
de R$ 44.000 para a CB (importação oficial) a Yamaha Fazer 1000 só
chega ao Brasil por importação independente, o que eleva o custo para
R$ 60.000. A própria Yamaha, em lugar de trazer a 1000, preferiu
importar a Fazer 600. |
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Depois
de toda a animação de rodar com a Fazer 1000, o preço foi efetivamente
um banho de água fria! Mas, como moto esportiva vestida para viagem,
esta Fazer é perfeita. E para quem já andou na nacional Fazer 250, a
1000 é uma bela demonstração de onde uma linhagem da Yamaha pode chegar.
Curvas radicais
A
Fazer 1000 pode ser uma solução para os consumidores que sonham ou têm
uma R1, mas a acham extremamente racing. O modelo chega a lembrar a R1,
porém com identidade própria e muita agressividade para uma
sport-touring. A tocada é o melhor que poderíamos esperar: imagine o
fantástico desempenho de um conjunto esportivo associado à posição
confortável de uma naked. Os freios, mesmo não sendo radiais, garantem
a frenagem de uma moto de pista. Diferentemente da maioria das nakeds,
outros componentes também são puro sangue, como as suspensões com
bengalas invertidas totalmente reguláveis. Os ajustes são tão precisos
que pudemos alterar carga de mola, ajustar o retorno e compressão. Na
maioria das motocicletas desse estilo as suspensões são convencionais e
quando muito permitem regulagens apenas da carga de mola. O guidão
estilo "fat" (reto, apoiado em suportes) fica por cima da mesa e é
preso em suportes (risers) que o fixam ainda mais acima, permitindo que
o piloto fique ereto. A semi-carenagem faz com que o vento seja
desviado, oferecendo maior conforto e esportividade: basta se embutir
na carenagem e passar fácil dos 250 km/h. Numa pista, com a suspensão
bem regulada, é impressionante a estabilidade, lembrando mais uma vez a
herança genética. Quadro e balança em alumínio oferecem rigidez
competente para manter a moto em uma trajetória perfeita, com limite
bem acima do esperado para uma moto dessa categoria.
Fonte: Revista Duas Rodas
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